2013 o ano do desafio literário para mim!!

Atualizado em 14 de Janeiro.

Lendo
- O Hobbit de J. R. R. Tolkien - Inicio 14/01/2013.


Lidos 2013
1 - Feridas da Alma do Pr. Reginaldo Manzotti


Parados

1 -
O Guarani de José de Alencar (pág. 35 de 220, faltam 185)
2 - 1800 de Laurentino Gomes (pág. 79 de 310, faltam 231)

__________*****__________*****__________*****__________

2012:

1- Como reinventar o casamento depois que os filhos nascem de Gary
2 - Mau Começo, Desventuras em série
3 - Você pode ser feliz sem ser perfeita
** O poder das garotas, nunca deixe de sonhar **
4 - HP e a Ordem da Fênix
5 - 20 passos para a paz interior
6 - Educar sem culpa - A Gênese da Ética - Questões que afligem e reflexões que aliviam os pais modernos
7 - HP e o Enigma do Príncipe (terminado em 15 de setembro, sábado)
8 - HP e As Relíquias da Morte (terminado em 11 de Dezembro)
9 - Chá-tice (terminado em 12 de Dezembro)
10 - Criando Meninos (terminado em 13 de Dezembro)

sábado, 29 de agosto de 2009

Fobia social é pior que timidez

Quem sofre deste transtorno social tem um medo muito grande de ser criticado ou ridicularizado.
Depressão, uso de álcool e drogas estão entre as consequências.

ISABELA ASSUMPÇÃO
Ribeirão Preto (SP)

Noite de sexta-feira em São Paulo. Começa a balada. Na pista lotada está a fonoaudióloga Patrícia Colozza, uma jovem bonita e alegre. Ela dança com as amigas. Quem vê pode até achar que ela sempre foi assim. Mas, pouco tempo atrás, Patrícia jamais estaria ali porque tinha horror de ser observada. "Eu tinha muita vergonha, ficava sempre no cantinho, não dançava", conta. Na verdade, tinha vergonha de quase tudo. "Digitar na frente de outras pessoas ou escrever, coisas bem banais mesmo, me incomodavam muito se tivesse outra pessoa me olhando", conta. A timidez em excesso escondia ainda outras dificuldades maiores. "Eu tinha medo de várias coisas: piscina funda, elevador, lugar fechado com muita gente, avião, direção", relata. E sempre foi assim, desde pequena. "Era terrível quando a professora me chamava para ir até a lousa fazer exercício. Fisicamente, eu sentia tremor, taquicardia, meu coração disparava, minha boca ficava seca. Às vezes, sentia falta de ar, ficava muito nervosa", descreve. Mas, para a família, aquele comportamento reservado era normal. "Nunca pensamos que fosse grave", diz a irmã de Patrícia, Graziela Colozza."Ela sempre foi uma menina quietinha, mas eu não tinha preocupação", conta a mãe de Patrícia, Neura do Carmo Colozza.
Patrícia sofria em silêncio. Tinha um transtorno de ansiedade, conhecido como fobia social. Não é só timidez – é muito pior. É um medo monstruoso de ser criticado ou ridicularizado. Quem tem fobia social sempre acha que fez, faz e fará tudo errado. É um mal crônico, que atinge de 10% a 15% da população do mundo, com consequências como depressão, uso de álcool e drogas. Como detesta se expor, a pessoa vai acumulando prejuízos de todo tipo.
"A pessoa que tem fobia social apresenta uma coisa que chamamos de ansiedade antecipatória. Por exemplo, se tem que fazer um seminário ou conversar com o vendedor em uma compra, ela acaba ficando ansiosa antes de ir conversar com essas pessoas e acaba evitando essa situação", esclarece o professor de psiquiatria José Alexandre Crippa, da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.
Mas como que esse medo irracional atua no cérebro? E o que pode ser determinante em um caso desse? Foi o que os psiquiatras do Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto investigaram. A primeira constatação: a grande maioria dos fóbicos não sabe que sofre de um transtorno. Do grupo inicial de 2,7 mil pessoas, cerca de 300 sofriam de fobia social, mas só duas sabiam.
"A maior parte das pessoas nem sabe que isso é um transtorno e que tem tratamento. Acham que é um traço de personalidade, uma manha, um jeito de ser, e ficam sofrendo sozinhas", diz o professor José Alexandre Crippa.
Em uma segunda etapa, 67 pessoas foram divididas em três grupos: os que tinham o transtorno, os que só eram tímidos e os que não tinham nenhum problema. Todos passaram por testes clínicos e de neuroimagem.
Juliana Aparecida Leite realizou o mesmo tipo de teste feito pelos voluntários.
O primeiro passo é medir a pressão arterial. Um aparelho registra a quantidade de suor na pele em situação de estresse. E a situação proposta é uma das mais temidas pelos fóbicos sociais: a de se expor. Os voluntários têm que fazer um discurso de dois minutos olhando para uma câmera. Quando tudo terminou, Juliana confessou: "Foi difícil".
No final da pesquisa, os fóbicos e os tímidos apresentaram o mesmo nível de ansiedade, que era maior do que a dos saudáveis. A diferença foi como eles viram o próprio desempenho. A autoavaliação do fóbico é muito mais negativa. Isto é, ele acha que teve um desempenho muito pior. E isso pode ser determinante para ele desenvolver uma doença, como a depressão.
Já os testes de neuroimagem revelaram surpresas. Localizada na região das têmporas, a área do cérebro que processa as emoções é a amídala. Os exames mostram que quanto maior é a ansiedade, maior o tamanho da amídala. E mais: quanto menor for o cíngulo anterior, a parte do cérebro relacionada ao julgamento, pior a autoavaliação da pessoa em situações sociais.
Mas o destaque inesperado da pesquisa se chama Daniel de Paula, um rapaz saudável, que só começou a sofrer com ansiedade há cerca de cinco anos. Ele foi atropelado quando andava de bicicleta. Recuperou-se sem nenhuma sequela aparente, só mesmo uma estranha insegurança. "Para fazer um seminário na escola, por exemplo. Eu sabia que tinha que falar com todo mundo me olhando, mas não conseguia. Eu ficava nervoso, meu coração disparava e me dava um branco. Eu não conseguia falar", lembra Daniel, que hoje é inspetor de qualidade. A família percebia que ele estava um pouco diferente. "Principalmente na forma de conversar. Eu senti o Daniel muito desanimado, recluso às vezes. A voz não saia", conta o pai de Daniel, João Paulo de Paula. Mas ninguém imaginava a gravidade daquilo. Daniel foi procurar ajuda e acabou se tornando voluntário na pesquisa dos psiquiatras. Quando eles avaliaram o exame de ressonância magnética do cérebro do rapaz, tiveram um susto. "Ele havia ficado com um hematoma subdural, que estava pressionando o lóbulo frontal. Essa pressão, provavelmente, foi ocasionada pelo acidente. A partir daí, ele começou a apresentar os sintomas", explica o professor de psiquiatria Jaime Hallak, da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. Ele foi operado e está em tratamento. Com Daniel, os médicos fizeram mais uma importante constatação sobre a fobia social.
"A fobia social tem pelo menos um componente orgânico muito claro", afirma Jaime Hallak.
Não importa a intensidade do transtorno, é preciso buscar tratamento. "A primeira medida é procurar um profissional – um psicólogo ou um psiquiatra – para fazer um diagnóstico correto. E a partir daí fazer um tratamento adequado para cada caso", orienta José Alexandre Crippa. Daniel e Patrícia são a prova disso. A vida deles mudou para melhor. "Ele voltou mais alegre, mais falador, mais expansivo", relata o pai de Daniel. Confiante, Daniel confessa: "Eu melhorei bastante com a medicação e com o trabalho que está sendo feito comigo. Tanto é que eu estou aqui conversando. Acho que antes eu não conseguiria". Já Patrícia conquistou uma vitória: a mocinha que antes tinha medo de falar foi a oradora da turma na formatura da faculdade. "Hoje tenho orgulho – pela formatura e por ter sido oradora. Sinto saudade e alegria", comemora.

Teste seu medo.

Você quer vencer os próprios temores? O psiquiatra Alberto Costa e Silva elaborou para o Globo Repórter um teste que avalia se o medo que sentimos é normal ou doentio.

Basta responder sim ou não às perguntas abaixo: 1 – Você tem medo de ter medo? 2 – Você pensa com frequência no que lhe causa medo?

3 – O medo atrapalha suas atividades diárias, no trabalho e na família?

4 – O medo que você sente também provoca sintomas físicos, como taquicardia, transpiração ou tonturas?

5 – O medo provoca em você reações psicológicas como angústia, insônia ou pesadelos? 6 – Você prejudica sua rotina para evitar situações em que possa sentir medo?

7 – Para driblar um medo imaginário você tem reações que podem provocar um risco real? 8 – Você tem algum comportamento estranho para se livrar da simples possibilidade de sentir medo?

Resultado:

Se você respondeu sim a uma ou duas perguntas, fique tranquilo. Os especialistas dizem que um pouco de medo é até saudável.

Mas se você respondeu sim a três ou mais perguntas, atenção. É hora de investigar mais essa sensação. Você pode buscar tratamento nos hospitais públicos ou procurar um especialista.

Fonte: http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1284732-16619,00.html

Responda a três perguntas básicas e veja o resultado do teste.

Teste Mini-SPIN*

Indique quanto os seguintes problemas incomodaram você durante a última semana. Escolha semente um item para cada problema e verifique se você respondeu a todos os itens.

1 – Evito fazer coisas ou falar com certas pessoas por medo de ficar envergonhado.

2 – Evito atividades nas quais sou o centro das atenções.

3 – Ficar envergonhado ou parecer bobo são os meus maiores temores.

Confira o valor das respostas:
Nada = 0
Um pouco = 1
Moderadamente = 2
Bastante = 3
Extremamente = 4

Resultado: Uma contagem igual ou superior a 7 representa provável diagnóstico de fobia social.

*Sigla em inglês para Mini-Inventário de Fobia Social. Este teste foi padronizado para a população brasileira pelos médicos José Alexandre Crippa, Flávia de Lima Osório e Sonia Regina Loureiro, do Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto.

Fonte: http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1285044-16619,00-DESCUBRA+SE+VOCE+E+TIMIDO+OU+TEM+FOBIA+SOCIAL.html

Meus blogs de CASA - organização, decoração, artes...

Companheiros de Leituras

Coisas de Escola